Cuidado: cursos no Brasil ensinam a entrar para o mundo do cibercrime
O curso polêmico em questão consiste em um treinamento de carding (roubo de credenciais de cartões de crédito) que tem duração de três meses e diz que ensina os aspirantes a cibercriminosos a criarem suas próprias variantes de malware e páginas de phishing. E o curso, veja só, pode inclusive ser pago via cartão de crédito.
A descoberta faz parte de recém-publicado estudo da empresa de segurança chamado Ascending the Ranks: The Brazilian Cybercriminal Underground in 2015, que também apontou outras descobertas sobre o submundo do cibercrime no país.
O estudo também relata casos de criminosos que vendem acesso aos dados bancários dos brasileiros por meio de um malware específico que registra as teclas digitadas pelas vítimas em sites de bancos.
Além disso, também chama a atenção a revelação de serviços de criminosos que vendem informações pessoais hackeadas ou roubadas a partir de dados de dados do governo comprometidas.
Os malfeitores oferecem serviços que envolvem a venda de informações pessoalmente identificáveis: alguns cibercriminosos até declararam ter acesso às bases de dados de registro de placas de veículo. As informações pessoalmente identificáveis roubadas podem ser hackeadas ou vir de bases de dados comprometidas como o CadSUS (Cadastro do Sistema Único de Saúde brasileiro).
Em seu relatório sobre o estudo, a Trend Micro aponta que o governo do Brasil precisa investir mais em investigações desses casos, especialmente quando o cibercrime brasileiro migrar para o território da Deep Web.
Fonte: IDGnow
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