Ministério Público de SP e Microsoft firmam acordo para barrar crimes cibernéticos
O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) e a Microsoft Brasil assinaram nesta terça-feira (27) um acordo de cooperação para combater e previnir os crimes cibernéticos. A parceria prevê um prazo inicial de cinco anos e compreende iniciativas conjuntas com foco na capacitação de promotores, cooperação entre as organizações e campanhas de educação para a população. A assinatura do acordo foi realizada na sede do MPSP, na cidade de São Paulo. Participaram da cerimônia o Procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo, Gianpaolo Smanio, e a presidente da Microsoft Brasil, Paula Bellizia. Segundo Smanio, trata-se de uma iniciativa inédita de um Ministério Público no Brasil dedicado ao tema e que deve ser replicado em outros estados.
Vale lembrar que o massivo ciberataque conhecido como WannaCry, que derrubou sistemas de informações de empresas e instituições na Europa em maio de 2017, também afetou empresas e órgãos governamentais no Brasil, incluindo o Ministério Público paulista. Na ocasião, o site da instituição ficou fora do ar, apesar de não ter sido confirmado nenhum vazamento de dados.
Tecnologias emergentes no combate ao cibercrime
Com a parceria, a Microsoft fornecerá ferramentas que possam contribuir em processos de investigação, como informática forense; computação em nuvem e Big Data; e mecanismos de prevenção e mitigação de delitos informáticos. A medida que hackers sofisticam suas técnicas de ataque, a prevenção e o combate também exige aplicação de tecnologias emergentes para barrar os estragos.
"A gente às vezes fala de inteligência artificial aplicada a algumas áreas da sociedade e aqui é claramente uma oportunidade para trazer o melhor da tecnologia como meio pra que o MP possa lidar com essas escalas e sofisticações de crimes computacionais e cibernéticos", ressaltou Paula Bellizia em coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira.
Além das ferramentas, a Microsoft disponibilizará relatórios sobre tendências de novos malwares e vulnerabilidades registrados por seu time global de segurança. Entre outros dados, a Microsoft afirma elaborar seus relatórios a partir de informações de segurança de 1 bilhão de dispositivos Windows atualizados mensalmente, que somam 200 bilhões de e-mails rastreados por ameaças virtuais, como phishing e malware, e 300 bilhões de acessos mensais a serviços.
A parceria também prevê o desenvolvimento e o apoio a campanhas educativas para combate ao cibercrime. Segundo levantamento da empresa de segurança Kaspersky Lab realizado em 2017, o Brasil é o país com maior número de vítimas de ataques phishing do mundo. Ao todo, 28,3% dos internautas brasileiros caíram em algum golpe de phishing no ano passado. Campanhas de phishing usam e-mails e mensagens em aplicativos como o WhatsApp para levar vítimas a clicarem em links maliciosos.
A proposta é que o MPSP e a Microsoft trabalhem em ações conjuntas que orientem a população do Estado de São Paulo em relação à prevenção de crimes cibernéticos.
Fonte: IDG Now
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